Ultimamente,
venho me incomodando profundamente com o meu lugar de professora, meu papel
nesse sistema escolar que há muito já não atende ao novo milênio. Venho
buscando apoio para transformar minhas inquietações em inovações. Precisei
procurar alentos, saídas, pessoas. Eu fiz cursos, busquei parcerias, uma rede
de apoio com pessoas que sintonizam comigo. Vou contornando os desafios da
minha prática docente pela minha sobrevivência. Pelo salário, pelo emprego,
segurança, estabilidade, esses valores do nosso modelo econômico. Tenho tentado
não ficar só na revolta, pois acho que cheguei aqui por causa desse percurso
tradicional. Tenho desejo de dialogar com o sistema, mas me convenço de que a
educação formal não é mais a saída, ou a resposta para os tempos e as demandas
atuais. Por enquanto, vou seguindo dentro do sistema, de olho nas brechas onde
posso achar uma abertura para experimentar, romper alguns paradigmas. Vou abrindo
brechas dentro do próprio sistema, com os meus alunos. Afinal, o que é que está
ali, me chamando todo dia? É a sala de aula! Então, tento dali fazer o melhor,
achar uma brecha para inovar, para criar, porque não? Dentro da caixinha, mas
agindo como educadora.
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